quarta-feira, 14 de novembro de 2007


"Faço parte dos que nasceram católicos. Não escolhi: escolheram para mim. Batizaram-me católico.
Meus pais e padrinhos prometeram que me educariam nesta Igreja. Cresci acreditando ingenuamente...
E não me envergonho disso, que religião tem sua dose de ingenuidade.
Aprendi na minha Igreja muita coisa boa e muita coisa que hoje não aceito.
Não existem mesmo religiões perfeitas, nem catequese perfeita. Minha catequista fez o que sabia e como sabia.
Os padres daquele tempo também acreditavam naquilo que diziam.
Padres e freiras se queixando da sua Igreja. Gente irada, ressentida, porque seu lado e sua pastoral perderam.
Leigos desencantados mudando de religião ou abandonando tudo ou por excesso de política ou por falta de política, ou por excesso de presença ou falta de presença, ou por excesso de doutrinação ou falta de doutrina, ou por excesso de idéias e falta de ações concretas. Eu fico. Porque creio. Porque sei que isso vai passar. E eu vou passar também. Quando era pequeno escolheram para mim uma Igreja, porque me amavam.
Agora eu escolho e fico porque amo. Gosto de minha Igreja e é nela que desejo viver e morrer. Santa e pecadora como é.
Acho que ela tem doutrina e riqueza espiritual suficiente para me ajudar. Por isso não mudo.
Não estou procurando uma religião perfeita. Estou procurando uma religião que responda o que sabe e quando não sabe admita que não sabe.
Ultimamente a Igreja Católica não está sabendo muita coisa... Isso é delicioso!
Faço parte de uma religião que admite que perdeu muito nos últimos anos e aceita reaprender.
É a minha Igreja! Católica, Apostólica e Romana.
Eu fico! Sereno e feliz, porque acho que vale a pena"
Pe Zezinho

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